CIDADES

BELO HORIZONTE
DADOS IBGE:


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 MINAS GERAIS
  • Capital: Belo Horizonte
  • População (2010): 19.597.330 hab
  • Área: 586.520,368 km²
  • Densidade demográfica: 33,41 hab/km²
  • Número de Municípios: 853
BELO HORIZONTE
  • População (2010): 2.375.151
  • Área da unidade territorial: 331,400 Km²
  • Densidade demográfica: 7.167,02 hab/Km²
  • Gentílico: belo-horizontino
MAIS:
MAPA E DADOS DOS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS
MAPA E FOTOS AÉREAS DE BELO HORIZONTE


BELO HORIZONTE:
A PERFEITA JUNÇÃO DO ESPAÇO URBANO E DA CIDADE JARDIM EM MINAS GERAIS
Fonte: BeloHorizonte


“Que Belo Horizonte!”. Foi assim que, do alto da Praça do Papa, o Papa João Paulo II definiu a vista da capital mineira.
Capital encomendada em 1893, Belo Horizonte se tornou a metrópole com o melhor índice de qualidade de vida da América Latina pela ONU. É considerada o 62º maior aglomerado urbano do mundo e o sétimo da América Latina, atrás da Cidade do México, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Bogotá e Lima, Belo Horizonte saiu do papel para ser a capital política e administrativa de Minas Gerais, nunca deixando de lado a forma acolhedora de receber bem moradores e turistas.


O COMEÇO DE TUDO
Na época da Inconfidência era esperada para o Estado uma nova e moderna capital, que até então era Vila Rica, atual Ouro Preto. Em 17 de dezembro de 1893, o governador Augusto de Lima determinou ao Congresso Mineiro que a mudança da capital deveria acontecer para um local que reunisse melhores condições de localização e infraestrutura. Foram sugeridas então cinco localidades: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Arraial do Curral D´El Rey (atual Belo Horizonte). O Congresso Mineiro se pronunciou e decidiu que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte.

Avenida Afonso Pena 1910
O arraial oferecia ótimas condições: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança. Era acessível por todos os lados e com um bom clima, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital se localizava entre as Serras do Curral e de Contagem, Serra da Piedade e Vale do Rio Paraopeba.

Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de Sabará. No mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela Comissão Construtora da Nova Capital, chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término das obras.

PROJETO DE AARÃO REIS
Planta geral de Belo Horizonte
Entre os anos de 1894 a 1897, Belo Horizonte foi projetada pelo engenheiro Aarão Reis e foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Foram feitas avenidas em diagonal e quarteirões de dimensões regulares. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma área de transição que articulava os dois setores.

Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX foi atingido. O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. A cidade foi dividida em três áreas: central urbana, suburbana e rural.

A área central urbana recebeu uma estrutura de transportes, educação, saneamento e assistência médica, bem como edifícios públicos dos funcionários estaduais e estabelecimentos comerciais. A Avenida 17 de Dezembro, atual Avenida do Contorno, era o limite dessa área. A região suburbana, formada por ruas não regulares, não recebeu, a princípio, infraestrutura urbana. A área rural era composta por cinco colônias agrícolas com várias chácaras abastacendo a cidade com produtos hortigranjeiros. 

Em maio de 1895, o engenheiro Francisco de Paula Bicalho assumiu as obras. Em 12 de dezembro de 1897, o presidente de Minas, Crispim Jacques Bias Fortes, inaugurou a nova capital, que já possuía 10 mil habitantes.

A Praça da Liberdade, o Palácio do Governo e as Secretarias de Estado foram os primeiros locais a serem construídos. Além deles, o Parque Municipal, a Praça da Estação, a Avenida Santos Dumont, a Rua da Bahia e a Avenida Afonso Pena foram projetados para dar mais conforto e mobilidade para os moradores da época. Essas construções são reconhecidas até hoje e entraram para a história da cidade.

A década de 40 foi uma época de mudanças. O avanço da industrialização trouxe muitas inovações para a cidade. O Complexo Arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer, por encomenda do então governador Juscelino Kubitschek, foi inaugurado nessa época. Além disso, projetos de Portinari, Alfredo Ceschiatti e os famosos jardins de Roberto Burle Marx também foram obras importantes da época. Com um milhão de habitantes nos anos 60, uma nova capital com arranha-céus e asfalto estava no lugar do verde das paisagens naturais. Assim se formou a nova Belo Horizonte, uma nova metrópole.

A HISTÓRIA RECENTE
A história recente da capital mineira é um encontro de mudanças e valorização. Nos anos 90, espaços públicos como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembleia e o Parque Municipal foram recuperados para o melhor aproveitamento da população.

Belo Horizonte se destaca, em pleno século XXI, na economia, com o incentivo para o comércio, prestação de serviços, assim com para o setor da informática. Além disso, a capital passou a ser um espaço disputado para o turismo de eventos, realizando congressos, convenções, feiras e exposições. Alguns setores também começam a crescer, como hotéis, bares e restaurantes.

Não podemos esquecer de que, a partir de 2000, a capital já passa a ter sucesso com a realização de eventos culturais, reconhecidos nacional e internacionalmente. Isso faz com que Belo Horizonte divulgue a cultura e seja, a cada dia, uma das capitais mais respeitadas de todo Brasil.

VER SLIDE SHOW: BELO HORIZONTE ANTES E DEPOIS



ARQUITETURA E PATRIMÔNIO
Fonte: Wikpedia

Igreja de São Francisco de Assis e a Lagoa da Pampulha,
partes do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.

Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil. A cidade começou a se desenhar a partir do século XX com um projeto mais modernizado para a nova capital de Minas. O objetivo inicial era fazer um modelo contemporâneo e eclético que, ao mesmo tempo, tivesse toques dos estilos neoclássicos, neorromânicos e neogóticos. O período de instalação e consolidação da Cidade de Belo Horizonte ocorreu entre 1894 e 1930. Enquanto a então capital da república, Rio de Janeiro, era colocada abaixo para a reestruturação de seu centro urbano, Belo Horizonte já nascia transpirando contemporaneidade e ecletismo. Aos elementos da arquitetura greco-romana foram incorporados modismos que caracterizaram a década de 20, como o primado geométrico do Art déco. A influência da Belle Époque, ocorrida na França naquela época, também pode ser percebida nos inúmeros espaços públicos e praças. Arquitetos franceses, mestres de obras e operários italianos representam boa parte da mão de obra que construiu a cidade.

Nave da Catedral da Boa Viagem.

Edificação moderna no bairro Savassi.O crescimento vertical de Belo Horizonte começou na década de 1930, quando surgiram as primeiras firmas de concreto. A partir de 1935, em virtude das profundas mudanças vividas pelo Brasil, inclusive na política industrial, a cidade passou por um processo acelerado de desenvolvimento urbano. Nesta época, as construções que sempre acompanhavam a Avenida do Contorno se tornaram mais dispersas do plano original. Naquele período, o arquiteto italiano Raffaello Berti teve fundamental influência na arquitetura de BH. Mesmo não podendo assinar seus projetos, por causa da legislação que negava a autoria a profissionais estrangeiros, atribuem-se a ele obras arquitetônicas como o edifício da Prefeitura, a sede do Minas Tênis Clube e a Santa Casa de Misericórdia. No início da década de 1940, o então Prefeito Juscelino Kubitschek trouxe a Belo Horizonte o urbanista francês Agache com objetivo de urbanizar a região da Pampulha, com sua lagoa artificial. A confecção do conjunto arquitetônico contou com a participação do arquiteto Oscar Niemeyer, do paisagista Burle Marx, do pintor Cândido Portinari e dos escultores Alfredo Ceschiatti, August Zamoyski e José Pedrosa. Hoje a Pampulha é considerada um marco da arquitetura moderna. Niemeyer e Belo Horizonte conseguiram projeção internacional a partir da construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. 
Edificação moderna no bairro Savassi.



Atualmente, algumas das várias construções que melhor representam a arquitetura urbana de Belo Horizonte são: o Savassi, que engloba a Praça da Liberdade, um grande shopping (o Pátio Savassi), parte da Avenida do Contorno e o início da Avenida Nossa Senhora do Carmo; o Edifício Acaiaca, construído em Art Deco; a Catedral da Boa Viagem, feita em estilo neogótico, abriga vitrais de grande beleza e seu altar-mor é todo trabalhado em mármore de carrara; o Viaduto de Santa Teresa, que foi uma das primeiras construções do Brasil a utilizar concreto armado; e a Torre Alta Vila, que é a mais alta do Brasil com acesso ao público, possuindo 101 metros de altura e 432 metros acima do centro de BH, e foi construída com aço produzido pela ArcelorMittal Timóteo.

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